terça-feira, 13 de outubro de 2009

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Alfabetização





Fichamento do texto: Concepções e Metodologias de Alfabetização: por que é preciso ir além da discussão sobre velhos “Métodos”?
MORAIS, Artur Gomes de. Concepções e Metodologias de Alfabetização: por que é preciso ir além da discussão sobre velhos “Métodos”?
I. Resumo:
O presente artigo discute as dificuldades dos métodos e metodologias de alfabetização aplicadas nas escolas públicas brasileiras, mostrando que ainda existe um grande fracasso escolar na alfabetização de crianças das classes populares. Um dos problemas permanentes responsáveis por este fracasso continua sendo a confusão dos métodos usados na alfabetização_ o Fônico e o Silábico misturados equivocadamente com o Construtivismo. Já que os atuais livros de alfabetização segue a linha global apoiada em textos, porém, com poucas atividades sobre o funcionamento do sistema de notação alfabética. O que leva o professor a produção própria de atividades complementares. O autor destaca que a teoria da psicogênese usada como símbolo do Construtivismo oferece apenas condições para o professor conhecer o nível de seus alunos, mas não lhe apresenta meios de como vencer a heterogeneidade de uma turma, especialmente turmas grandes tão comuns nas escolas brasileiras. Que o sucesso da teoria da psicogênese da escrita e o método fônico nos países ricos foram devido às melhores condições educacionais naqueles países do que as que se tem aqui no Brasil. E aponta alguns aspectos significativos em relação às duas realidades, pois, enquanto lá a universalização da Educação Infantil faz parte do cotidiano de toda criança aqui apenas uma minoria tem esse acesso, aliado a este fato tem-se o tempo na escola, remuneração e formação de professores. Logo, não é a guerra entre teóricos e defensores do método fônico e a da consciência fonológica, que vai resolver o problema do fracasso da alfabetização no Brasil. E, sim, um investimento da formação dos formadores de professores e de condições necessárias par ao exercício profissional dos docentes brasileiros.
O texto de Artur Gomes de Morais: Concepções e Metodologias de Alfabetização: por que é preciso ir além da discussão sobre velhos “Métodos”? Faz uma crítica aos métodos de alfabetização e a confusão da aplicação do Construtivismo nas escolas públicas brasileiras. Mostrou que os métodos tradicionais como: o fônico e o silábico que segundo o autor são responsáveis pelo grande fracasso escolar de nossas crianças. E que a má interpretação do Construtivismo também comprometeu o desenvolvimento da alfabetização nas escolas públicas, pois, esta teoria traz as concepções piagetiana e vigotskiana que são diferentes entre si e aqui foi entendida, apenas como teoria única. Infelizmente, para nós que estávamos em sala de aula foi muito confuso, difícil e nos perdemos nessa caminhada,ou melhor, a escola realmente se perdeu. Até, porque, sempre recebemos muita informação em de formação, sem o tempo necessário e condições para a apropriação dos novos conhecimentos acontecerem de forma satisfatória. As mudanças na Educação do nosso país são sempre repentina, provisória, brusca e autoritária. Desse modo o resultado não foi o esperado.
Outro problema apontado pelo autor, a confusão entre os alfabetizadores com descoberta da psicogênese interpretada erroneamente como método de ensino e ainda destaca que houve pouco investimento na área da pesquisa sobre o estudo dos métodos de ensino. Isto até recentemente foi confundido entre nós educadores, gerando angústia por não entender nem o texto nem a concepção.
Outro aspecto destacado pelo autor foram os avanços das teorias no campo do letramento e as práticas escolares e extra-escolares de leitura e produção de textos ainda está aquém do deveria ser no interior de cada sala de aula. Pois, os livros didáticos ainda não atendem a realidade dos alunos brasileiros de escolas públicas, levando professores a criarem atividades que complementem as necessidades de suas turmas, isto só confirma a contramão das teorias defendidas pelo MEC via PCN, a formação universitária que recebemos e realidade da escola, é como houvesse um abismo entre essas duas direções. Para mim esta posição do autor não ficou clara quando fala da formação continuada proposta pelos PCNs, segundo ele foi um grande fracasso escolar, não me recordo dessa situação...
Agora me chamou a atenção foi a teoria da consciência fonológica que ao pesquisar para tentar entender melhor descobrir que existem outras teorias da consciência e logo, é campo amplo que preciso estudar para entender melhor.
Concordo com o autor que precisamos discutir a Educação Infantil e Alfabetização nas escolas públicas considerando sim as necessidades de uma educação de qualidade que dê conta de alfabetizar suas crianças de forma satisfatória sem perdê-los ao longo de suas trajetórias escolares.




Avaliação e currículo

FICHAMENTO do Texto: FERNANDES, Cláudia de Oliveira e FREITAS, Luiz Carlos de: Currículo e Avaliação.


I. Resumo:

O texto: Avaliação e Currículo apresentado pelos autores Cláudia de Oliveira Fernandes e Luiz Carlos de Freitas é um a reflexão da prática pedagógica de avaliação realizada nas escolas brasileiras. Os tipos de avaliações existentes no sistema escolar e seus aspectos negativos e positivos para o desenvolvimento educacional do aluno.

Ao definirem os dois modelos de avaliação praticada comumente nas escolas, os autores deixam claro o aspecto positivo da Avaliação Formativa, por ser esta uma prática processual em que o foco do professor está na evolução do aluno, na sua caminhada. E é um instrumento de diagnóstico reflexivo para novos caminhos tanto para o professor quanto para o aluno, portanto, uma prática inclusiva cuja finalidade é capacitar o aluno a vencer suas limitações de forma consciente, participativa e dinâmica já que esta pressupõe seu conhecimento claro no quê, no como, e para quê, a avaliação.

Por outro lado criticam a Avaliação Somativa por seu caráter classificatório, seletivo e excludente cuja preocupação é o resultado final e apontando para o aluno sua responsabilidade de sucesso ou fracasso. E que segundo, ao autores esta ainda uma prática muito comum nas nossas escolas, mesmo com todo avanço no campo da avaliação. Que infelizmente, mesmo com a mudança da seriação para os ciclos a avaliação praticada nas escolas continua “nociva” aos alunos, pois, o fato de retirar a reprovação do sistema escolar e adotar o avanço automático, não se garantiu uma avaliação progressiva e integral; ao contrário, essa mudança é tão excludente quanto a Avaliação Somativa!

E, ainda para os autores a avaliação Institucional e a avaliação de Sistema são de responsabilidade de todos, não apenas, do professor e do aluno. Logo, todos_ alunos, professores, funcionários, famílias e sistemas devem ter clareza de sua participação e atuação para então comprometer-se seriamente com desenvolvimento integral do alvo principal da escola, o aluno.

Portanto, a opinião dos autores é bastante clara quanto a melhor concepção de avaliação que deveria ser aplicada da Educação Infantil ao Ensino Fundamental e Médio, a Avaliação Formativa, pois como o próprio nome indica, sua finalidade é a formação integral do estudante .Enquanto que a Avaliação Somativa por seu caráter não cabe num sistema cuja finalidade é incluir e formar!

Diante de toda esta reflexão apontada por FERNANDES e FREITAS sobre as concepções de avaliação realizada nas escolas brasileiras fica claro a distorção entre teoria e prática, pois os teóricos defendem a avaliação formativa enquanto o Sistema exige a avaliação somativa e aliado ao Sistema temos a sociedade que acredita e defende esta última por compreenderem que o prevalece de fato no mercado é a avaliação somativa. E, nesse contexto ainda temos arraigados no imaginário da família a cultura da nota_ aprovação_ reprovação, e cultura não se desconstrói tão facilmente. Ademais para os pais a nota é símbolo de seu sucesso ou de seu fracasso público, sem nota não tem porque exigir do filho maior dedicação aos estudos, especialmente quando este terá seu avanço automático garantido. Certo é que a escola pública encontra-se num grande dilema: praticar a avaliação formativa é certamente o ideal, toda escola estuda prepara para este fim, mas ao longo do se defronta com avaliação de sistema que vem cima para baixo para medir, quantificar e verificar o conhecimento dos conteúdos indicados nos referenciais oficiais, associado a esta avaliação vem junto o representante do sistema totalmente estranho à sala de aula para confirmar a aplicabilidade da verificação do sistema.


Será ironia ou incoerência do sistema discursar uma teoria nos cursos de formação continuada e no interior da sala de aula mediante exigência dos resultados dos sistema ter que sabatinar alunos com simulados, seguir ‘as cartilhas’ do sistema para que a escola não venha ser penalizada com fiscalização rigorosa e perdas de verbas.

E, pior a cada gestão do sistema temos novas concepções, assim desfazer todo um processo de estudo, pesquisa sobre o melhor para escola, não há respeito pelo trabalho, estudo ou pesquisa realizada por professores na interior da escola, porque as decisões sempre de cima para baixo fala-se muito de gestão democrática, mas isto ainda está longe de acontecer na prática, já que a escola realmente não tem autonomia nenhuma.

É perceptível que a reflexão feita pelos autores são fundamentada em teorias conhecidas (HOFFMAN, 1993) e (LUCKESI, 1999) de todos os professores que têm estudado sobre avaliação. Diante disto, fica o professor com conflito, a sociedade insatisfeita com o professor que avalia o aluno sem motivo para estudar porque tem seu avanço garantido e o sistema acusando a escola de não cumprir seu papel, o de ensinar eficientemente seus alunos.

Entretanto, sabemos que os autores que defendem a avaliação formativa estão corretos, porque a concepção desta modalidade vai ao encontro da necessidade do aluno que estão em formação por seu caráter, social processual e inclusiva; enquanto que a avaliação somativa fica a cargo dos exames seletivos e concursos cuja finalidade é realmente selecionar.